Carta aberta ao povo brasileiro

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. (Rui Barbosa)

Lenin dizia que, quando você tirou do adversário a vontade de lutar, já venceu a briga. Mas, nas modernas condições de “guerra assimétrica”, controlar a opinião pública tornou-se mais decisivo do que alcançar vitórias no campo militar. (Maquiadores do crime, Olavo de Carvalho)

Mesmo diante da noite mais densa e aterradora, devemos ter sempre em mente que o dia irá nascer e com ele a esperança. A coragem se aperfeiçoa nos cenários mais difíceis e com certeza vivemos tempos onde a justiça se tornou tão rara que muitos acreditam ser algo inexistente em nossas terras.

Tempos onde a censura se torna o “novo normal”, a opressão a veste do dia e o medo o câncer que devora as mais maravilhosas virtudes. O palco politico brasileiro sempre teve ares circenses, agora, parece ser um pesadelo gerado por uma mente louca e doentia. 

Tenho como certo que nada é permanente, a realidade é fruto de nossas ações. No artigo Sem liberdade não há humanidade, publicado em 19 de maio de 2019, pelo jornal Gazeta do Povo, afirmei:

“Um ataque à liberdade é um ataque à própria humanidade que um individuo carrega dentro de si. Ser humano é ser irremediavelmente livre, pois como disse o filósofo Jean-Paul Sartre: “O homem está condenado a ser livre…”. A liberdade está ameaçada, pois ela se tornou, primeiramente, refém da ideologia e, agora, da sede de poder daqueles que deveriam ser seus legítimos guardiões”

No artigo O Brasil é a mais cruel e violenta distopia, publicado em 08 de maio de 2020, também pelo jornal Gazeta do Povo, declarei:

Durante a quarentena, maior que a pandemia do coronavírus é a pandemia do medo e da histeria; diante de uma situação desafiadora e que, sim, dá razões para temor, a população entrega seu bem mais precioso, a liberdade, em prol de uma sensação de bem-estar e segurança totalitárias. O ativismo judicial invade o Poder Legislativo e principalmente o Executivo, rompendo com a harmonia e independência que devia nortear a ação dos três poderes e sua relação. Cidadãos são presos, criminosos são soltos, direitos fundamentais são violentados e tudo isso soa como normal, natural e até necessário não só para a esquerda, em sua eterna busca por poder e controle social, mas até mesmo para certos movimentos e partidos anteriormente contrários ao socialismo, considerados como de direita, que agora, no alto de sua sabedoria e sensatez, colocam-se como os paladinos da justiça e democracia, com fala mansa, terno caro e bem engomado, endossando tais práticas e, ademais, legitimando-as.

Querem que esqueçamos o passado, na verdade, querem apagá-lo.  O passado ecoa em nós nos obrigando a admitir que esse “novo normal” não é aceitável. 

Por mais duro que possa ser ter esperança, coragem e fé, diante da realidade que vivemos, tornam-se elementos ainda mais necessários.

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Carlos Alberto Chaves P. Junior

Carlos Alberto Chaves P. Junior

Graduado pela Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE) em letras desde o ano de 2008.

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