Paulo Freire: o lacaio da revolução

O Brasil possui como patrono da educação o gramisciano Paulo Freire desde o dia 13 de abril de 2012 através da lei Lei nº 12.612, sendo que as obras deste, especialmente o livro pedagogia do oprimido, se destinam a mostrar como a educação pode ser usada para favorecer a revolução marxista, portanto, são muito mais tratados políticos, de ética duvidosa, que ensaios sobre educação.

Criticar Paulo Freire é um tabu que colocou no limbo muitos acadêmicos por somente revelarem o óbvio. Comecemos com a avaliação do autor Thomas Giulliano a respeito deste escritor:

Por mais que ele e seus ortodoxos seguidores neguem, Freire quis fazer política com sua pedagogia e interpretou o homem à luz de suas bases filosóficas, apresentando decifrações de incumbência da filosofia. Nesse lamaçal, nasce a validação que Freire dá ao argumento de Marx, de que não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina a consciência. Sua consideração de que há diferentes tipos de pessoas respalda-se em frases como esta: “A revolução é biófila, é criadora de vida, ainda que, para criá-la, seja obrigada a deter vidas que proíbem a vida”. (grifo meu)

O autor segue com outra constatação:

Em um universo virtuoso, Paulo Freire, por sua procedência marxista e por apologias como essa, seria estudado, mas nunca engrandecido com soberbos títulos. Ao fiar-se em uma visão fragmentada de justiça e de verdade, Freire faz valer as palavras de Julien Benda: Certamente, esses novos intelectuais declaram não saber o que é a justiça, a verdade e outras “nuvens metafísicas”; dizem que, para eles, o verdadeiro é determinado pelo útil, o justo, pelas circunstâncias. Coisa que já ensinava Cálices [personagem de Platão], mas com a diferença de que ele revoltava os pensadores importantes de sua época. (grifo meu)

Em outro momento acrescenta:

O método de Paulo Freire de palavras geradoras explicado, resumidamente, neste trecho “[…] as palavras geradoras, que nunca devem sair de nossa biblioteca. Elas são constituídas pelos vocábulos mais carregados de certa emoção, pelas palavras típicas do povo. Trata-se de vocábulos ligados à sua experiência existencial, da qual a experiência profissional faz parte”, acaba por transferir à consciência do discípulo aquilo que se deve pensar, tornando o espaço de sala de aula um local de propaganda política do verbo conscientizar, sobretudo na sua elogiada educação de adultos.

Ensina-nos Dom Lourenço de Almeida Prado: Vejam que o uso do verbo conscientizar, como verbo ativo (forma normal seria reflexiva – conscientizar-se, eu me conscientizo, eu tomo consciência), trai a intenção do agente, que não é despertar ou ajudar a tomada de consciência, mas impor um pensamento a ser passivamente acolhido. Não é à toa que esse verbo parece ter surgido em ambiente socialista. (Grifo meu)

Paulo freire realizou algo muito importante e valioso para progressistas por haver dado base teórica para a doutrinação marxista nas escolas, mas como educador, nada fez de produtivo, sendo que, a mera menção deste como tal, é questionável. A gazeta do povo no Podcast ideias 99 o pontou da seguinte forma:

É inegável que a pedagogia de Paulo Freire seja assumidamente política, e de esquerda. Era filiado ao Partido dos Trabalhadores, foi secretário de educação do governo da prefeita Luiza Erundina e coordenou o Plano Nacional de Alfabetização do presidente João Goulart. Foi condecorado como patrono da Educação Brasileira em 2012, pela presidente Dilma Rousseff.

Também é inegável que a educação brasileira é um desastre, com índices ridículos em todos os testes internacionais que avaliam a qualidade do ensino. No Brasil ainda é comum que as pessoas saiam das universidades como analfabetas funcionais.

A esquerda busca a hegemonia de narrativa através do domínio do palco cultural e educacional, pois somente assim compreende que poderá obter o controle social e politico. Desde antes do fim do período militar a esquerda buscou ser hegemônica  nos ambientes já citados através de meios eticamente desonestos e perseguição àqueles que representavam outros espectros políticos ou mesmo que simplesmente não desejavam entender o mundo segundo a ótica marxista. Por isso Freire é tão ovacionado e defendido pela esquerda.  O escritor Francisco Escorsim no artigo publicado pelo jornal Gazeta do Povo constatou algo importante depois de analisar uma colocação de Freire a respeito do próprio trabalho:

“Eu preferia dizer que não tenho método. O que eu tinha, quando muito jovem, há 30 ou 40 anos, não importa o tempo, era a curiosidade de um lado e o compromisso político do outro, em face dos renegados, dos negados, dos proibidos de ler a palavra, relendo o mundo. O que eu tentei fazer, e continuo fazendo hoje, foi ter uma compreensão que eu chamaria de crítica ou de dialética da prática educativa, dentro da qual, necessariamente, há uma certa metodologia, um certo método, que eu prefiro dizer que é um método de conhecer e não um método de ensinar.”, disse o patrono da educação brasileira, Paulo Freire, em entrevista a Nilcéa Lemos Pelandré contida em sua tese de doutorado Efeitos a longo prazo do método de alfabetização Paulo Freire, datada de 1998 e defendida perante a Universidade Federal de Santa Catarina.”

As passagens destacadas em negrito demonstram que para desconstruir Paulo Freire basta usar um método de conhecimento que não sei se era bem o que ele citou acima, mas que dá conta tranquilamente para esta tarefa, qual seja: a leitura do que o próprio sujeito disse e escreveu. E nem precisa muito esforço, tem coisas que são bem claras e diretas, como a primeira frase acima em que confessou que nem método de ensino tinha, embora tenha ficado famoso justamente por deixar pensarem que tinha um. Só isso já deveria servir para desconstruir inteiramente Paulo Freire. (grifo meu)

O professor universitário Eduardo Cabette em seu artigo publicado pelo site Estudos nacionais aponta:

Portanto, o maior problema da obra comentada de Freire não está no seu conteúdo e mesmo na sua forma, mas sim na sua camuflagem desonesta, capaz (como o foi no Brasil) de influenciar desavisados e transformar o ensino num campo de doutrinação estruturado, simplesmente destruindo a educação nacional.

O recurso ao embuste, ao encobrimento de desígnios perverte o poder social de legítima abertura às oportunidades comunicativas em um campo de batalha ideológica em que a esfera de discussão pública passa a ser um domínio de prevalência da “ação estratégica e política manipulativa”, isso inclusive quanto pretende fazer a crítica dessas mesmas coisas. (grifo meu)

E complementa em outro trecho:

O que Freire leva a termo é aquilo que Fiss denominou de “efeito silenciador do discurso” inerente ao “discurso do ódio”. Ele demoniza tudo que se possa rotular de direita, ou seja, tudo que não siga a cartilha do marxismo, da dicotomização da sociedade em opressores e oprimidos, da luta de classes e da revolução cultural que antecede a armada. Ao demonizar o seu suposto “opositor”, Freire deslegitima qualquer afirmação que possa ser feita em um debate livre e aberto, já que o “demônio é o pai da mentira”. Não é possível discussão saudável nessa situação, de modo que a liberdade de expressão é usada para coartar a mesma liberdade de expressão do “outro”. Como ensina Fiss, o “efeito silenciador do discurso” se liga a “uma dinâmica psicológica mais refinada – uma dinâmica que desabilite ou desacredite um potencial agente discursivo (speaker)”.

Em nenhum momento menciona o fato de que é na Democracia como modelo de governo liberal que inclusive ele pode ser publicado, dizendo o que quiser, até mesmo com desonestidades intelectuais patentes. Fora desse contexto, estaria o próprio Freire correndo o risco de ir para a prisão (…) (Grifo meu)

Paulo Freire não merece menção dentro de qualquer trabalho educacional sério, pois sua contribuição para o desenvolvimento educacional brasileiro é nula, os poucos trechos que possam ser considerados relevantes para a área se diluem e perdem valor diante de sua busca por doutrinar e formar militantes da causa marxista, já que para este, ser conscientizado e libertado da opressão do sistema burguês só ocorre quando o indivíduo se torna parte produtiva e atuante na revolução socialista.

 

Referências:

FERREIRA DOS SANTOS, Thomas Giulliano (org). Desconstruindo Paulo Freire. 1. ed. – Porto Alegre. Editora História Expressa, 2017.

Ideias 99: Como Paulo Freire ajudou a destruir a educação brasileira. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/ideias-99-como-paulo-freire-ajudou-a-destruir-a-educacao-brasileira/ Gazeta do Povo.

ESCORSIM, Francisco. Desconstruindo Paulo Freire. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/francisco-escorsim/desconstruindo-paulo-freire/ Gazeta do Povo.

CABETTE, Eduardo. “Pedagogia do oprimido”: O panfleto revolucionário de Paulo Freire. Disponivel em: https://estudosnacionais.com/coluna/eduardo-cabette/resenha-critica-de-pedagogia-do-oprimido-de-paulo-freire/ Acesso em 23 de agosto de 2019

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Carlos Alberto Chaves P. Junior

Carlos Alberto Chaves P. Junior

Graduado pela Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE) em letras desde o ano de 2008.

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