Uma breve introdução ao maior pensador do século XX: Eric Voegelin

Introdução:

Este texto tem por missão elucidar brevemente algumas características intelectuais do autor abordado este mês pelo Meu Clube Conservador: Eric Voegelin. Não se trata, todavia, de uma introdução ao pensamento do filósofo germano-americano, ainda que tenha algumas partes que se prestem brevemente a essa função, sem que, no entanto, sobreponham-se ou tentem aparelhar o brilhantismo do próprio livro Reflexões autobiográficas.

Falaremos da sua característica filosófica, de como nasceram as suas reflexões e do que o tornou o maior pensador político de século XX. As abordagens são ensaísticas ― apesar de guardar um aspecto formal em citações e considerações referenciais ―, ou seja, o estilo de escrita desse livreto não é nada formal e tampouco se importa em parecer sê-lo. Este autor se importa muito mais com as informações que se pretende passar adiante, que com ternos e gravatas linguísticas os quais possam adornar e padronizar uma escrita. Mas, voltando a Voegelin…

Eric Voegelin foi um daqueles filósofos memoráveis, pois não utilizou da soberba ao querer ser totalmente original; não ignorou pensadores célebres que o antecederam, assim como não se furtou da possibilidade de formular sua própria filosofia assentada naquilo que há de melhor na dialética e nos documentos históricos. Em sua panela intelectual, usou e abusou das receitas da avó, assim como ousou em seus próprios temperos.

E se já não bastasse a sua genialidade e competência intelectual, ele ― através de seu aluno e assistente Ellis Sandoz ― presenteou-nos com uma autobiografia intelectual, unanimemente considerada a melhor introdução ao colosso que representa todo o edifício intelectual voegeliano. Trata-se de Voegelin por Voegelin mesmo, o autor se apresentando aos seus futuros alunos.

Para bem ler a obra da caixa desse mês, basta que se interesse pela temática e pelo autor ― e caso ainda não se interesse pelo autor, calma, o livro fará isso acontecer naturalmente ―, o resto vai se encaminhando sozinho sem precisar de maiores lições ou métodos. O livro é autoexplicativo e não pede licença para ser biográfico; desta maneira, lê-lo será tão prazeroso quanto ouvir um conto na varanda do interior de Minas. Por isso, como sempre digo nessas apresentações de livros, pegue uma boa caneca de café e se deliciei com o que de melhor produziu o intelecto filosófico no século XX.

 

A expansão vs rigor e a história das ideias:

Eric Voegelin (1901 – 1985), guardem este nome com muito cuidado, pois a sua colaboração para a filosofia, em especial para a filosofia política, ainda é muito superficialmente desvendada e quase nunca explorada com a devida atenção e cuidado. O gênio alemão (naturalizado americano) tem a capacidade de ligar eras e mais eras de conteúdos filosóficos e políticos num conjunto sintético de respostas extremamente claras; tão claras que podemos afirmar sem medo que poucas vezes encontramos pensadores com tamanha capacidade sintética e explicativa.

Acompanhá-lo ao exercício da filosofia[1] é algo quase milagroso quando visto pela primeira vez. Explicar os fios condutores das ideias filosóficas e políticas através das sociedades mais influentes da história ― o intento que Voegelin se propõe em História das Ideias Políticas―, é simplesmente a empreitada mais ousada que um intelectual do século XX buscou no campo da filosofia e história política.

Sua filosofia é inovadora e, apesar de ter os clássicos em seu cerne, não se resumiu a recomentá-los e requentá-los no micro-ondas da chatice filosófica da modernidade. Conhecido na academia como um neoplatonista reformador, é também um arqueólogo das estruturas políticas da humanidade. Sua produção mescla um mar de investigação histórica e análise filosófica; não se resumindo à exposição de fatos crus, muito menos à taxação e estereotipização ideológica tão buscada como método no século XIX e XX.

Nas palavras de Michael P. Federici:

“Seu tratamento era novo no sentido de que era um rompimento radical com as metodologias ideologicamente influenciadas de seu tempo. No entanto, era velha no sentido de que a concepção que Voegelin tinha de ciência era um retorno ao tratamento clássico de Platão e Aristóteles”. (FEDERICI, 2011, p. 30)

Ao contrário do que um historiador das ideias geralmente faz, Voegelin não oferece um cardápio das correntes mais aceitas, nem uma revisitação aos compartimentos já visitados e revisitados ― sem nunca serem, todavia, revitalizados ― durante séculos por pensadores sem fim. Ao contrário disso, o filósofo oferta sua filosofia como uma visão de arquiteto: ao olhar para as salas da história mundial, não se prende às imagens nos quadros e nem aos bustos dos memoráveis; questiona-se, entretanto, sobre as estruturas mesmas que sustentam as paredes, os tetos e as vigas. Sua filosofia é, pois, a filosofia das entranhas, uma investigação das bases.

 

O abstrato seletivo:

Como Eric Voelegin relata a Ellis Sandoz[2], ao constatar a sua incapacidade de ler em hebraico e grego original, o já consagrado professor da Universidade Stanford se propõe aprender tais línguas antigas antes de dar cabo de seu projeto de rastreamento das ideias políticas da civitas.

Voegelin era capaz de ser expansivo o suficiente na análise para abarcar assuntos complexos e abstratos como as “estruturas da existência” ou a “origem do pensamento político”. Assim como era rigoroso no trato dos temas que estudava, era extremamente seletivo naquilo que julgava importante ser estudado e não tinha medo algum de abandonar projetos inteiros se entendesse estar no caminho errado.

Aquilo que foi uma grande encruzilhada na vida de muitos filósofos desde Aristóteles: a expansão de pesquisa vs a seleção do rigor filosófico, para Voegelin era algo como uma metodologia de vida intelectual natural.

“Para Voegelin, só valia a pena analisar o material histórico porque era relevante ― e, para Voegelin, o critério de relevância era a prescrição de uma intelecção na busca universal (expansivo) de ordem e a crise do Ocidente, em particular (seletivo)” (FEDERICI, 2011, p. 62. Grifos meus)

 

Um filósofo original:

Desta maneira, aliando um rigorismo que faz da sua filosofia previamente confiável, à missão árdua de identificar a própria estrutura da existência ― o coelho que ele insistentemente busca na toca de Ordem e história[3] ―, Voegelin embarca numa investigação que lhe custará boa parte da vida e o acompanhará até o túmulo.

Voegelin vai além do que os principais filósofos do século XX fizeram, isto é: revisar ideias e criar, por via de uma nova camada justaposta a outras ideias já formuladas, uma filosofia mais ou menos original. O alemão realmente cria a sua própria filosofia, alicerçado nos clássicos e em alguns pensadores modernos, é claro, mas original em suas conclusões e em quase todas as premissas. Sua roupagem estrutural é única, ainda que derivada de grandes sistemas de pensamento; suas explicações e argumentos para fenômenos os quais, para a maioria, há muito tempo estão em pacífica aceitação acadêmica, é revirado ao avesso e dado uma nova interpretação.

Voegelin é aquele pensador que faz com que a sua amplitude cefálica se expanda num grau assustador. Não raro nos pegamos ― ao ler as suas obras ― num frenesi de descobertas e sentidos renovados, sem que tais renovos, todavia, ganhem ares de invenções idealistas ou construtos pessoais de utopias. Aliás, aquilo que, em História das Ideias políticas[4], no volume III, ele faz questão de combater e mostrar a origem dos “utopismos” modernos[5].

Ler Voegelin num país onde a filosofia não tem mais a missão de descobrir, descrever, analisar e oferecer uma interpretação coerente da realidade é o mesmo que sair da caverna descrita por Platão. Foi exatamente assim que me vi quando li A nova ciência política[6], por exemplo.

O homem atrás das ideias:

O filósofo alemão, em meados do ano de 1938, teve que fugir para os Estados Unidos por causa da polícia nazista que o perseguia ― isso após a anexação da Áustria ao Reich nazista, país onde vivia desde a juventude. Por seu espirito sempre crítico e livre, em 1933 já havia escrito artigos e obras no qual criticava abertamente Adolf Hitler (1889 – 1945); a perseguição do déspota ao nascente pensador era, então, questão de tempo. Esta perseguição, do qual ele passou incólume por muito pouco[7], foi o principal motor de seus estudos políticos; no entanto, não serei eu o insensato por escolher uma categoria rígida para encaixar Eric Voegelin. A sua filosofia transita em muitas áreas humanas sem arrefecer em qualidade ou fincar tendas permanentes em nenhuma delas.

O nazismo, e posteriormente o comunismo, leva-o a buscar as fontes primárias das ideias políticas e aquilo que as torna tão autoritárias e despóticas.

“As ideologias, seja o positivismo, o marxismo ou o nacional-socialismo, constroem edifícios intelectualmente insustentáveis. Isso nos leva a indagar por que pessoas que são de resto inteligentes, além de honestas em seus afazeres diários, cedem à desonestidade intelectual tão logo entrem em jogo questões científicas” (VOEGELIN, 2007, p. 79).

O “ódio” às ideologias ― termo que ele literalmente cunha em sua obra Reflexões autobiográficas ― é um dos principais motores de seus estudos e conclusões a posteriori; engana-se, porém, aqueles que pensam que Voegelin fez uma ciência da ideologia de maneira apaixonada e fracamente racional. Seus postulados intelectuais sobre a questão foram tão firmes que, até hoje, poucos tentaram confrontá-los ou ignorá-los.

Para o filósofo, existem três motivos a odiar as ideologias: (1) As ideologias são “edifícios intelectualmente insustentáveis” (VOEGELIN, 2007, p. 79), não se sustentam diante das mais leves imposições factuais da existência e das aporias humanas. (2) As ideologias são “bastante primitivas” (VOEGELIN, 2007, p. 81), e com isso entende-as bestiais, genocidas e mortais[8], ideias que facilmente justificarão os massacres mais horrendos se eles servirem às suas causas e propósitos. E, por fim, (3) as ideologias promovem a “destruição da linguagem” (VOEGELIN, 2007, p. 82), tornando impossível qualquer debate racional e coerente com aqueles que levianamente fazem os seus próprios pressupostos e torcem a realidade para colocá-la em suas semânticas particulares.

Para um reto e metódico estudo das ideias políticas, ele escreveu 8 volumes das História das ideias políticas; uma tentativa de circular ― se não todas ― as principais correntes de ideias que influenciam direta ou indiretamente em nossos dias. Uma das mais notáveis e ousadas obras do século XX no campo das ideias políticas, sem dúvida. Apesar do trabalho colossal, Voegelin acaba “descartando” a obra pois, segundo ele próprio, ela não chegaria no âmago da questão buscada[9]. Para Voegelin, não adiantar tentar compreender as ideias políticas em si, sem entender o que é a existência e aquilo que a sustenta[10]. O movente da história política civilizacional, o coração da estrutura política da humanidade.

A busca incessante pelas estruturas da civilização, em especial, da sociabilidade humana, das aporias existenciais e dos meandros dos valores que mormente sustentam um mínimo de compreensão comunitária do homem, Voegelin mergulha num mar profundo de princípios éticos da humanidade; em Ordem e História, ele elabora uma episteme dos valores e conjunturas idearias da realidade, não tendo por base simplesmente os fatos brutos da existência, mas sim as descrições documentais extensivas e concordantes entre vários autores que explicitam aquilo que factualmente vivenciaram em determinadas épocas.

Para Eric Voegelin, a realidade e a própria existência são descritas fielmente não por um processo de purismo de dados, por fatos crus, mas sim por uma análise dialética entre o fato mesmo e aquilo que se falou dele através dos viventes e intérpretes daquele tempo em questão.

Vivenciando as décadas onde a humanidade afundou em sua mais sanguinolenta era; onde milhões e mais milhões de mortos eram empilhados em valas e câmaras de gás comuns, Voegelin fez de seu motor intelectual a própria bizarrice política do seu século. Para entendê-lo, então, é preciso entender a época e as demandas políticas e sociais que o cercaram.

 

Refletindo as reflexões:

Lê-se na sinopse do livro Reflexões autobiográficas, de Eric Voegelin[11], que se trata da melhor introdução ao pensamento do proeminente filósofo germano-americano. E, neste caso, não se trata de meras palavras de vendedor As Reflexões são pequenas entrevistas com temas definidas pelo ex-aluno e ex-assistente de Voegelin, Ellis Sandoz. Ellis, com uma destreza e visão ímpar da importância do pensamento daquele pensador, elaborou uma esquematização de entrevistas onde o próprio Eric Voegelin introduziria futuros alunos às suas elucubrações nascentes e às já vigorosas ideias formadas sobre vários assuntos.

O livro que aqui tratamos, é mais que um manual, pois o manual nos encerra num metodismo de pensamento e conclusões direcionadas, o livro é uma convite a um bosque, onde apesar da trilha já ter sido traçada, o convidado é totalmente livre para explorar outros cantos que constante mente se abrem como portões do éden. Por exemplo, ao vermos como Hans Kelsen e todo o neokantismo ― tendência intelectual em Viena e arredores ―, logo somos convidados pelo próprio Voegelin a perceber como o próprio conceito de pureza, agora de raça, o levou a subjetivar a necessidade de uma pureza intelectual.

Como afirma Olavo de Carvalho: as ideias de Eric Voegelin devem ser entendidas numa dialética entre os fatos brutos e os relatos documentais da época[12]; nem em um rigorismo antropológico, nem num relativismo interpretativo, mas na justaposição entre fatos e discrições desses em documentos históricos.

A obra faz uma apresentação do pensamento de Voegelin, pareado aos acontecimentos de sua biografia. As suas conclusões filosóficas e a sua vida são irremediavelmente interligadas. Não estaríamos exagerando ou especulando ao dizer que os acontecimentos de seu tempo ditaram as prioridades investigativas de seu competente intelecto. Na verdade, é exatamente o que mostra a obra que aqui introduzimos. “Aqui lidamos com as reminiscências de um homem que conseguiu extrair sentido de sua própria peregrinação pessoal e intelectual” (VOEGELIN, 2007, Introdução, p. 15).

A grande capacidade de Voegelin foi sinteticamente exposta por ele mesmo, isso é de uma raridade e de uma riqueza tão grande, que queria eu ter tido a oportunidade de ler algo do tipo de Kant e seu empolado discurso intelectual, ou quem sabe da algo parecido daquilo que Heidegger quis com sua metafísica transloucada.

Posso ter deixado mais empolado do que facilitado uma introdução ao pensamento voegeliano, e não seria a primeira vez que faria isso ― porém, espero sinceramente que isso não tenha ocorrido ―; porém, calma, o livro é exatamente para suprir essa necessidade de compreensão do pensamento de Voegelin. Ellis Sandoz nos presenteou com uma entrevista em forma de texto, por isso a linguagem ali utilizada não é nada intelectualizada no sentido acadêmico do termo. Em suas palavras:

“Por fim, hoje tenho a impressão de que as Reflexões autobiográficas são o melhor ponto de partida para o estudante que não tem familiaridade com os escritos de Voegelin. É um caminho valioso, sobretudo porque as Reflexões têm o mérito de explorar, em linguagem simples e direta, os múltiplos contextos na biografia de um ser humano concreto por acaso inclinado a compreender reflexivamente a realidade altamente estratificada da qual somos inevitáveis participantes como seres humanos. Quero enfatizar a concretude da vida e do pensamento de um ser humano específico com o nome e a identidade de Eric Voegelin (VOEGELIN, 2007, Introdução, p. 14).

Voegelin, se fôssemos ser ousados o suficiente para tachá-lo de algo, poderíamos ostentar sobre seus espólios uma filosofia da realidade; sendo ele o mentor de uma interpretação límpida e desenviesada da existência, se tornou um porto seguro daqueles que não querem se acorrentar a ideologias e lados para justificar opiniões políticas coerentes. Rechaçando placas de “conservador”, “liberal”, “católico”, fascista”, e por aí vai, vinculou sua filosofia à única regra que um livre pensador deveria amar e se apegar: a regra da busca incessante da verdade.

Em toda a sua obra, desde aquelas que escreveu ainda como doutorando em Viena, até o último tomo de Ordem e História, Voegelin mostrou uma independência, uma clareza e capacidade de interpretação da sociedade que pouquíssimos tiveram. Ler Voegelin é uma terapia para o intelecto moderno, acostumado a se comprometer primeiro com ideologias para depois verificar o que é a tal “realidade”.

Sejam bem-vindo à introdução ao pensamento do maior pensador do século XX, Eric Voegelin, senhoras e senhores.

 

Referências:

FEDERICI, Michael P. Eric Voegelin: A restauração da ordem, É realizações: São Paulo, 2011.

VOEGELIN, Eric. História das ideias políticas: Idade média até São Tomás de Aquino – Volume II, É realizações: São Paulo, 2012

VOEGELIN, Eric. Reflexões autobiográficas, É realizações: São Paulo, 2007.

[1] O que pode ser visto através de seus livros mais densos.

[2] Seu aluno e assistente fiel

[3] Livro editado no Brasil pela Editora Loyola.

[4]   Obra editada no Brasil pela É Realizações.

[5]   Ver: Michel P. Federici – Eric Voegelin: a restauração da ordem, p. 102-103;

Eric Voegelin – História das ideias políticas: Idade média até São Tomás de Aquino – Volume II, p. 145.

[6]   Obra editada no Brasil pela Universidade de Brasília

[7] O próprio Eric Voegelin conta, em Reflexões Autobiográficas, como se deu a quase cinematográfica fuga dele da Áustria após policiais nazistas estarem rastreando seus movimentos e escolhendo o melhor momento para prendê-lo.

[8] “Tenho repulsa ao morticínio de seres humanos por diversão” (VOEGELIN, 2007, p. 81).

[9] Quais são as estruturas filosóficas, linguísticas e teológicas da civilização? O que é a existência mesma? Não deve ser confundido aqui a ideia de “início” e “fim” da história; para Eric Voegelin, o início e fim da história são mistérios que a humanidade raramente encontrará respostas certas ou até mesmo meramente racionais. Sobre isso comenta Michael P. Federici: “Voegelin defende que a origem e o fim da História é um mistério, compreensão esta da história que separa a filosofia da história de Voegelin das construções ideológicas encontradas em Hegel e Marx” (FEDERICI, 2011, p. 111)

[10] Questão sobre a qual ele largamente se debruçará em Ordem e História, editada no Brasil pela Loyola.

[11] Na edição da É realizações, a única editada em território nacional.

[12] Ver: <https://www.youtube.com/watch?v=3njcgcE0l2Q> acessado em: 29/04/2019, às 16:03

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Pedro Henrique Alves

Pedro Henrique Alves

Filósofo, colunista do Instituto Liberal, colaborador do Jornal Gazeta do Povo, ensaísta e editor chefe do acervo de artigos do Burke Instituto Conservador.

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