Um conto de fadas chamado socialismo

Com quantos pecados mortais se constrói uma utopia paradisíaca.

O socialismo já apanhou tanto da história, que inventariar os seus podres pode parecer chute em cachorro morto. O problema é que o fantasma do cachorro está vivo. E morde.

(O livro Politicamente Incorreto da Esquerda e do Socialismo – Kevin D. Williamson)

Imagine que você em meio a tantos problemas, desafios e conflitos se depara com alguém de te oferece a solução para cada um desses obstáculos a sua felicidade. Qual o preço que estaria disposto a pagar para ter a concretização de uma vida que antes era mero fruto da imaginação? A resposta que a sua mente deseja que seja expressa é simples: tudo. Quando as pessoas são ameaçadas de perder sua liberdade, elas instintivamente lutam para manter aquilo que julgam ser de mais precioso, porém se elas são convencidas de que a liberdade é um fardo, elas o ofereceriam de bom grado, especialmente se há uma recompensa.

Regimes totalitários possuem uma retórica sedutora, mas a aplicabilidade das ideias não gera uma utopia, mundo idílico, mas sim uma distopia. Igualdade existe na distopia através da anulação da individualidade em prol do coletivo, fraternidade é algo promovido contanto que todos convirjam ideologicamente, liberdade existe para legitimar e blindar discursos e ações violentas, preconceituosas e inquisitoriais de um grupo que advoga pra si o termo oprimido. Para o totalitarista, para se obter igualdade o mundo deve apagar as diferenças que tornam cada ser humano único. Como diria Milton Friedman: “A sociedade que coloca a igualdade à frente da liberdade irá terminar sem igualdade e liberdade” .

Olympe de Gouges, feminista francesa, que foi guilhotinada por ordem de Robespierre poderia falar do quão excludente e nociva é a ideia de mundo melhor proclamada pela esquerda…

 

Uma dose de realidade

A esquerda é totalitária. O escritor e psicólogo Jordan Peterson no seu debate com o filósofo, sociólogo e teórico crítico esloveno, Slavoj Žižek, pontuou na sua fala de abertura sobre a relação opressores x oprimidos como um modo sutil de colocar o dualismo o mal x o bem. Quando se rotula um grupo como opressor, privilegiado ou sem lugar de fala, estes últimos termos bem mais empregados pelos progressistas nas últimas décadas, a intenção é tornar tudo que esse grupo representa e defende como abominável enquanto que as ideias vindas dos “oprimidos” são colocadas como a verdade historicamente e socialmente negada pelos opressores, por conseguinte, essas ideias são as que devem ter voz e relevância no palco politico, social e cultural.

Como diria Roger Scruton no seu livro, pensadores da nova esquerda: “O intelectual de esquerda é tipicamente um jacobino. Acredita que o mundo é deficiente em sabedoria e justiça (grifo meu), e que a falha reside não na natureza humana, mas nos sistemas de poder estabelecidos.” Para o politicamente correto, a intelectualidade só é benéfica e legitima em indivíduos de linha marxista.

 

Politicamente correto

Através do politicamente correto a esquerda busca se blindar de qualquer questionamento, critica ou punição, através do cerceamento da liberdade alheia. A ideia aqui consiste em restringir as possibilidades de raciocínio, entendimento da realidade e visões distintas de mundo, em um intuito de obrigar uma convergência ideológica através, não só da violência e revisionismo histórico tendencioso, mas pela censura e criminalização de palavras utilizadas para exprimir ideias que se contrapõem as consideradas mais “cabíveis e corretas”. Como afirma o filosofo Luiz Felipe Pondé, no livro Guia politicamente incorreto da filosofia:

A praga PC usa métodos de coerção institucional e de assédio moral, visando calar todo mundo que discorda dela, antes de tudo, tentando fazer dessas pessoas monstros e, por fim, tentando inviabilizar o comércio livre de ideias. Ideias não são sempre coisas “boas”. Às vezes doem.

Ao final, a praga PC é apenas mais uma forma enraivecida de recusar a idade adulta e de aniquilar a inteligência

Como ser uma voz relevante, real e sólida diante de um palco tão adverso? Seja o melhor que você puder ser por você mesmo e pelos outros, agindo no decorrer dos dias como um real escritor e construtor da liberdade.

Se não eu por mim, quem por mim? Se eu for só por mim, quem sou eu? Se não for agora, quando?

Hilel, sábio judeu

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Carlos Alberto Chaves P. Junior

Carlos Alberto Chaves P. Junior

Graduado pela Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE) em letras desde o ano de 2008.

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