“Moro frito amanhã” e a sanha revolucionária da imprensa

Moro frito amanhã é a versão requentada de Lula preso amanhã. O que a imprensa ressentida nunca deixa para amanhã são as tentativas de sabotar o governo hoje. Quem liga se não é verdade? Quem liga se os próprios objetos das reportagens desmentem? Isso só seria levado em conta num contexto onde o jornalista tem compromisso com a realidade, o que não [nem de longe] é o caso da grande mídia brasileira.

Para fundamentar sua loucura versão dos fatos, jornalistas adoram citar, com o peito inflado de orgulho, aquela famosa frase de Millôr Fernandes, onde ele diz que “imprensa é oposição, o resto é armazém de secos e molhados”. O que eles não entenderam é que Millôr estava falando de oposição, não de histeria adolescente conta o fascismo imaginário. E sendo bem sincero, eu duvido muito que Millôr seria realmente respeitado pela nossa esquerda (nova e velha) atualmente.

Não é de hoje que sabemos que a velha mídia queimou todas as pontes que a ligavam ao compromisso com a realidade, com seus leitores, com o bem do país. No entanto, não podemos ignorar o crescente ímpeto de sabotagem vindo de pessoas que, até anteontem, estavam, ao nosso lado, criticando e lutando para derrubar o PT. Isso deve servir para nos ensinar uma lição que, há muito, o “véio da Virgínia” repete incansavelmente: anti-petista não é, necessariamente de direita, muito menos conservador. O conservadorismo atua, seja no jornalismo ou em qualquer outra área, sempre pela primazia da realidade e busca pela verdade, entendendo que a realidade é o trono da verdade (mais uma vez citando Olavo). Por isso, a maior e mais definitiva prova de desmascaramento de um pseudo-conservador é a insistente imposição de uma narrativa em detrimento da realidade dos fatos. Por isso é que são eles que adotam (não involuntariamente, como parece ter sido o caso do Alvim) a metodologia de Goebbels, de que uma mentira repetida muitas vezes “se torna” verdade.

É por isso que não, não adianta o próprio Moro dar entrevista, desmentir, negar, demonstrar fidelidade, nada. O mantra continuará impávido colosso: Moro frito amanhã… Moro frito amanhã… Mais do que isso, toda essa histeria contínua faz com que eles realmente acreditem que possam transformar a realidade pela repetição de seu discurso, tal qual um feiticeiro que lança suas pragas. Não que o Ministro esteja errado em ter dado a entrevista. Quem está com a verdade não teme mil perguntas. O que não podemos é acreditar que isso mudará o ímpeto propagandístico de repetir a mesma mentira mil vezes.

Afinal, não é pq eles fizeram um escândalo por causa de uma citação involuntária de Goebbels que eles tenham exatamente uma discordância com o sujeito. Eles só não admitem amadorismos. Pelo menos agora, com a aparente concorrência eliminada, os nazistas do bem podem exercem sua mandinga em paz: Moro FRITO amanhã… Moro FRITO amanhã… Moro FRITO amanhã!

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Igor Moreira

Igor Moreira

Editor do Burke Instituto Conservador. Professor e palestrante.

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