Os casos Lacombe, Narloch e Copolla: A cultura do linchamento contra a liberdade

Tolerância, magoa e preconceito. Palavras que representam o ódio que a esquerda possui contra qualquer idéia que se contraponha à agenda totalitária do socialismo. Quando usadas por algum grupo marxista, acredite, é para convencer, intimidar e criminalizar o outro. “Não use tal palavra, ela me mágoa; não pense assim, é preconceituoso; não aja assim, é intolerante da sua parte” esse é o típico discurso repleto de vitimização que muitos leigos e ingênuos aceitam e acabam assim por ser silenciados pelos reais intolerantes, preconceituosos e agentes promotores de ódio.

Não há como praticar a tolerância se somente aceito o que me agrade e tenho por verdade. O tolerante nasce quando alguém reconhece que o dito pelo outro é contrário a tudo que acredita, mas mesmo assim compreende que somente pode ignorar, questionar e repudiar a fala do outro, jamais criminalizá-lo, nunca restringir sua participação no debate público, tampouco agir com violência para silenciá-lo.

O politicamente correto não busca pacificar o debate e facilitar a discussão de idéias e visões de mundo antagônicas, ao contrário, busca implantar a hegemonia da ideologia marxista através da censura e agressão. Impedir que certas palavras sejam usadas e que certas idéias sejam ouvidas e debatidas, pois contradizem e criticam uma agenda sócio-política, é buscar prevalecer e ascender socialmente por meio de uma ditadura. Onde há liberdade, há a diferença onde há diferença existe a discussão e o conflito e deles surgem a   riqueza cultural, artística e cientifica.

Charles Lynch, que foi um juiz de paz americano na cidade de Chestnut Hill – Virginia, criou um tribunal não oficial formado por vizinhos para julgar casos como roubo e pessoas leais a Coroa Britânica; eram os dias da Guerra de Independência. As pessoas trazidas perante o juiz eram açoitadas e humilhadas. Infelizmente os tribunais da Virginia, depois do fim da guerra da independência, consideram a atuação do juiz como fruto das circunstâncias, o que legitimou tal comportamento. A cultura do linchamento é algo que vem crescendo mais e mais, desde os tempos de Lynch, embora ela possua, hoje, um modus operandi distinto, contudo, de igual periculosidade.

As vítimas da cultura do linchamento sofrem por observarem, compreenderem e definirem a realidade de modo diferente ao que imagina a mente totalitária. São como Leandro Narloch que é atacado por usar palavras que não são “mais adequadas e cabíveis”, como Luís Lacombe que foi demitido por ser conservador e Caio Copolla que é alvo da militância vermelha que o deseja fora da empresa onde trabalha por ousar pensar e analisar a realidade segundo a razão e fatos.

A cultura do linchamento é inquisitorial e ditatorial, quem não se ajoelha diante da Foice e do Martelo deve ser esmagado baixo o poder da mão do estado gigante e aparelhado e dos pés de militantes fanáticos.

Socialistas de todo o mundo estão até mesmo sendo alvos desta cultura criminosa, pois ser politicamente correto é ser alguém que aceitou a mordaça ideológica, somente expressando o que está de total acordo com os censores e algozes da patrulha marxista.

Viver em um mundo onde o homem será mera marionete não está distante. O homem está perdendo sua humanidade e se reduzindo a um objeto, de baixo valor e descartável. Nossas vidas já estão sendo definidas por nossa cor da pele, crença, partido politico, sexo…

Os dias onde afirmar que a grama é verde será proibido e que para pensar em algo teremos que pedir permissão ao estado começa a se delinear no horizonte.

O que fazer? A liberdade é um dom de Deus, este dom está acima do estado e de qualquer lei injusta. Obedecer à tirania é ser cúmplice do pior dos crimes. Na Alemanha, muitos cidadãos questionaram e se opuseram às leis que restringiam a participação dos judeus na sociedade e que depois tornaram sua existência um crime, pois perceberam que se sujeitar a elas eram uma ameaça à liberdade, à vida, à propriedade privada e à liberdade econômica. Muitos judeus foram salvos por homens e mulheres que decidiram desobedecer a ordens criminosas. A história, hoje, confere a esses heróis, desconhecidos por muitos, honras e louvor. É dever de qualquer homem livre defender sua vida, sua família, sua comunidade e de lutar contra a injustiça. Não precisamos de meios revolucionários para isso, somente precisamos de fé, coragem, ousadia e de um espirito que não se dobra diante da tempestade.

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Carlos Alberto Chaves P. Junior

Carlos Alberto Chaves P. Junior

Graduado pela Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE) em letras desde o ano de 2008.

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